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Por que o Lightroom está Tão Lento, se meu Computador é Tão Bom?

Atualizado: 29 de jan. de 2021



Já vi muitas pessoas fazerem essa pergunta e a resposta, infelizmente, não é tão simples quanto alguns podem pensar. Primeiro, porque algumas vezes as pessoas acham que seu computador é muito potente, quando na verdade não é. E segundo, mesmo com um computador potente, existem diversos fatores que podem influenciar negativamente o desempenho do Lightroom. O objetivo deste artigo é alertar para o fato de que mesmo com um computador novo, você pode estar mal equipado para edição de fotos no Lightroom; e mesmo com um computador antigo, a depender das configurações, você pode desfrutar de um bom desempenho. Então, falarei abaixo um pouco sobre essa questão, dando meu antigo computador como exemplo, incluindo suas configurações e como é meu fluxo de trabalho. Espero que essas informações possam ser úteis a você.


Ter um bom desempenho no Lightroom vai depender de uma série de fatores: Processador, memória, placa de vídeo, armazenamento (HDD ou SSD), configurações do programa, se programas ficam abertos ou não junto com o Lightroom, antivírus, consumo de recursos pelo Windows (se ele está ou não instalando atualizações, por exemplo), resolução da câmera cujos arquivos RAW são editados (megapixels), ordem de aplicação dos ajustes, drivers instalados, etc.


Meu antigo computador, que foi trocado apenas em 2018, possuía basicamente a mesma arquitetura desde 2010. Porém, ele veio recebendo upgrades gradualmente com o passar do tempo, o que ajudou a manter seu bom desempenho para o uso do Lightroom. Inicialmente eu passei de 4GB para 8GB de memória RAM. Alguns meses depois, introduzi um modesto SSD 120GB (É bom lembrar que por mais modesto que seja o SSD, ele vai ajudar muito a deixar sua máquina mais ágil). O próximo upgrade foi uma placa de vídeo razoavelmente boa, com 2GB (Boa não pela quantidade de memória, mas sim pelo modelo em si: GeForce GTX 750 Ti). Depois de alguns anos, a placa de vídeo foi trocada por outra mais potente (GeForce GTX 1050 Ti 4GB). Por fim, aumentei a memória RAM para 16GB e troquei o SSD SATA por um SSD PCI-E M.2 (que é muito mais rápido). O resultado de todos esses upgrades ao longo de 8 anos foi a capacidade de manter uma performance ainda aceitável para se trabalhar com o Lightroom.


Há até pouco tempo, com esse computador, eu editava as fotos da minha Nikon D7100, que possui 24MP (sim, a resolução de suas fotos, e por conseguinte o tamanho dos arquivos, influencia no desempenho). Os arquivos eram (e continuam sendo) sempre em RAW, podendo ser tanto arquivos únicos, quanto mesclados para HDR ou panorama. O desempenho, como disse, era bom. Bom no sentido de que não me dava raiva, ou seja, o trabalho fluía bem. Sei que poderia ter sido bem melhor com um hardware novo, mas eu sentia que o pouco que eu tinha estava bem otimizado.

O hardware era o seguinte: AMD Phenom II X6 1075T 3.0 GHz, SSD M.2 NVMe 960 EVO 250 GB, 16GB DDR3-1333 MHz, GeForce 1050 Ti. Apesar de o processador super antigo limitar bastante a performance como um todo, o resto dos componentes conseguia manter o sistema ágil o suficiente para compensar o processador defasado, pelo menos em algumas tarefas.


No que se refere a software, eu usava e ainda uso o Windows 10 Home 64-bit como sistema operacional e, à época, eu usava o Lightroom Classic CC 7.2, além, claro, dos melhores drivers instalados. Veja que eu disse "melhores" e não mais novos (Drivers mais novos nem sempre são sinônimo do melhor).


E como estava configurado tudo isso? No SSD ficam apenas o Windows e programas, incluindo aí o Lightroom. Meu Windows aqui é super enxuto, nada inicia com ele a não ser que seja absolutamente necessário ou conveniente. Ter um sistema enxuto ajuda bastante na performance geral da máquina. Não uso antivírus de terceiros (Avast, Karspersky, McAfee, BitDefender, etc), uso apenas o antivírus do próprio Windows (Obs: Karspersky é o pior de todos, deixando o PC muito lento). Além disso, o antivírus está configurado para nunca, jamais analisar e monitorar as pastas que contém: as fotos, o catálogo, os presets e as preferências do Lightroom.


O Lightroom em si é configurado para ter um cache do Camera RAW de 30 GB e para usar aceleração gráfica (1050 Ti). As fotos estão em um HDD de 2 TB e 7.200 rpm, mas o cache do Camera RAW, o catálogo e suas visualizações estão no SSD. Isso é muito importante para aumentar o desempenho.


Agora, falando um pouco sobre fluxo de trabalho, a ordem de aplicação de certos ajustes pode importar. Por exemplo, se for usar remoção de manchas, é aconselhável usá-lo em primeiro lugar. O pincel de ajustes, se for ser usado, poderia vir em segundo lugar. Deixe as correções de lente (distorções, vinheta e aberrações cromáticas), a nitidez e o desembaçar por último. A sequência de ajustes mais recomendada pela própria Adobe, além de outras dicas para melhorar o desempenho, estão no link abaixo.


Enfim, considerando esse fluxo de trabalho, mesmo com meu antigo computador eu conseguia desfrutar de um desempenho satisfatório. Se você possui um computador potente e acha que o Lightroom deveria ser mais rápido do que é, então talvez seja apenas o caso de revisar algumas configurações, tanto do sistema quanto do Lightroom. Se você possui um computador mais fraco e antigo, e pensa em se desfazer dele, talvez tudo o que ele precisa seja um upgrade estratégico (como aumento de memória e um SSD), somados com algumas configurações no Lightroom e no Windows.


É importante que saibamos quais componentes de um computador são responsáveis pelo melhor desempenho de cada tarefa no Lightroom. O que você prefere acelerar mais? A importação? A exportação? A edição? Existem upgrades que trazem maior benefício que outros em determinada tarefa. Mas isso é assunto para outro artigo. Em breve falaremos um pouco sobre isso.


https://helpx.adobe.com/pt/lightroom/kb/optimize-performance-lightroom.html

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